ISSUU mesmo...

Ainda há pouco tempo aqui coloquei uma entrada sobre o Scribd, um serviço de hosting e partilha de documentos.
A partir do Rui Costa, do Webmania, acabo de descobrir um outro serviço semelhante mas com um aspecto gráfico ainda mais atraente - o Issuu (assim mesmo). Atendendo às características do player utilizado para a visualização, parece-me um serviço particularmente interessante para a publicação online de brochuras e pequenas revistas em que o aspecto gráfico seja preponderante. Para textos corridos, o Scribd talvez seja preferível. Mas um e outro são dois belos exemplos do que a tecnologia Flash pode fazer por nós.
Ah, claro: os documentos que lá colocarmos (ou que lá encontremos) podem ser embebidos no nosso sítio ou blogue. Ora aqui fica um exemplo de um belo álbum de fotos...
(como de costume, o ideal é ver em fullscreen. Basta clicar sobre o player)

Interactic 2.0







A rede social Ning parece ser uma das favoritas para os que querem trocar experiências online que não se fiquem por fotografias, vídeos e listas imensas de amigos...
Nos últimos meses, encontrei duas redes Ning faladas em português e frequentadas principalmente por professores. Da Escola 2.0 já aqui falei várias vezes em entradas recentes.
A rede INTERACTiC 2.0, fundada por José Paulo Santos - que também dinamiza o blogue Interact, dedicado à utilização dos quadros interactivos - pretende reflectir sobre metodologias de ensino-aprendizagem com recurso às TIC. Dentro de cada rede é possível criar grupos com temáticas mais específicas. No INTERACTiC 2.0 encontram-se, entre outros, grupos dedicados a recursos educativos digitais, quadros interactivos e produção de aplicações educativas. Nota-se que a "casa" ainda está a ser montada mas parece-me ter dimensão suficiente para constituir um núcleo de agregação em torno do qual poderá nascer um belo cristal... (um Químico arranja sempre imagens um pouco estranhas, eh eh eh...)
Segundo se pode ler na página inicial desta rede:

Desejamos demonstrar como é possível criar projectos, procurando integrar as Tecnologias de Informação e Comunicação nos mais variados contextos educativos.
Apresentaremos propostas de planos de aula, metodologias e actividades que promovam o espírito crítico, construtivo e colaborativo junto dos alunos e dos professores, no sentido de promover novas abordagens à aprendizagem e a uma nova cultura de escola.
Gostei particularmente desta "nova cultura de escola". Porque é disso mesmo que se trata e não de "computadores" como ainda muitos continuam (infelizmente) a pensar.
Não perdi tempo e já me inscrevi.

CVA' s - o WiZiQ em acção!

Foi no passado sábado. Pelas12 horas. Seríamos uns 15. A malta da rede Escola 2.0, nomeadamente do grupo de Comunidades Virtuais de Aprendizagem, organizou uma sessão online sobre o tema. Fiz de "intruso" e também participei. Foi giro. Tudo bem organizado e os aspectos técnicos deixaram-me impressionado. Tirando questões de pormenor, as capacidades do WiZiQ convenceram-me. Segundo os restantes participantes, as coisas não serão tão fáceis - leia-se, qualidade do som... - a outras horas e dias da semana...

Dei comigo a pensar que este sistema de debates públicos até poderia dar jeito àqueles que, nos dias "alevantados" que hoje se vivem nas escolas, quisessem trocar uma ideias sobre o mundo da educação...

Já agora, depos de devidamente autorizado, deixo aqui a ligação para se poder ver a gravação da sessão... Basta clicar aqui.

BETT - o futuro do outro lado da mancha.

No jornal da noite da SIC, no espaço de reportagem "Futuro Hoje", passou um peça muito interessante denominada "Tecnologia para a Educação" sobre a BETT.

A BETT, em Londres, é a feira anual onde se pode ver o melhor que hoje se faz em tecnologia para a educação. Para quem ainda veja as salas de aula como secretárias viradas para um quadro preto com giz pode ser um choque.
O vídeo da reportagem pode ser visto aqui mesmo:

O ensino das ciências já está no séc. XXI?...

E é precisamente no WIZiQ, de que falei na entrada anterior, que encontro uma das apresentações mais interessantes que vi nos últimos tempos. Onde se fala da evolução do ensino das ciências desde os idos de 40 aos nossos dias. Sam Zigrossi, professor de uma escola texana, faz uma viagem pelas modas da educação americana, principalmente na área das ciências, e mostra-nos que o ensino actual ainda tem muito do Modelo Industrial e desafia-nos a entrar definitivamente no século XXI (sorte a do Sam, que não vive em Portugal e tem tempo para reflectir sobre as suas práticas pedagógicas...).
Mas o melhor é ver...

atenção: esta apresentação é um mero slideshow. Não demonstra o funcionamento do Virtual Classroom do WIZiQ...

WIZiQ - Sala de aula virtual

Devo andar distraído. Só posso andar distraído. Como é que só hoje encontrei o WIZiQ? Uma ferramenta cujas características são tão óbvias só podia mesmo já existir... Nestas coisas da Web 2.0, quando se pensa que seria interessante ter um serviço que permitisse... - já existe! Podemos não saber, mas já existe. É o caso do WIZiQ, uma plataforma de ensino e aprendizagem que nos permite conversar em tempo real com quem queremos e partilhar um quadro branco onde todos podem escrever e desenhar. Mas não é tudo: também é possível fazer o upload de diversos tipos de documentos (.ppt, .doc, .pdf) e mostrá-los aos participantes da sessão. Os PowerPoints mantêm as animações originais e tudo! Todos podem colocar questões, escrever no quadro branco ou sobre os próprios documentos. Parece-me o serviço perfeito para, por exemplo, explicações online. Com um tablet PC, tirando partido da escrita sobre o ecrã, deve funcionar muito bem. E ainda há mais: a sessão pode ser gravada e vista assincronamente por quem quiser...
Claro, tudo isto tem um preço, não é?... Não! É de borla.
(sei que isto parece um texto publicitário, mas ainda estou fascinado por esta descoberta recente)
Defeitos? Poucos, mas alguns. Por exemplo, se a ligação à Net não for boa a experiência pode ser frustrante.
Mas o melhor é experimentar e assistir pelo menos a parte de uma das sessões de demonstração. É só clicar aqui. (o arranque pode ser lento mas vale a pena ver as potencialidades da ferramenta)

Excessos e pobrezas nos discursos sobre educação

A partir do Terrear, chego a este texto muito interessante do António Nóvoa sobre os excessos e as pobrezas dos diversos discursos sobre a educação. Basta ler o resumo para perceber da pertinência do documento (independentemente de já ter 9 anos, continua actual):

Este artigo procura analisar a “realidade discursiva” que marca grande parte dos textos sobre educação neste final de século. A chave de leitura do artigo é a lógica excesso-pobreza, aplicada ao exame da situação dos professores: do excesso da retórica política e dos mass-media à pobreza das políticas educativas; do excesso das linguagens dos especialistas internacionais à pobreza dos programas de formação de professores; do excesso do discurso científico-educacional à pobreza das práticas pedagógicas e do excesso das “vozes” dos professores à pobreza das práticas associativas docentes. Não recusando um pensamento “utópico”, o autor critica as análises “prospectivas” que revelam um “excesso de futuro” que é, ao mesmo tempo, um “défice de presente”.
A não perder de modo nenhum a parte em que o autor fala "do excesso do discurso científico-educacional à pobreza das práticas pedagógicas", onde a sua análise se revela de assinalável exactidão:
A ligação da Universidade ao terreno (curiosa metáfora!) leva a que os investigadores fiquem a saber o que os professores sabem, e não conduz a que os professores fiquem a saber melhor aquilo que já sabem. A estratégia de desapossar os professores dos seus saberes serve objectivos de desenvolvimento da carreira dos universitários, mesmo que se legitime com o argumento de que serve para o desenvolvimento profissional dos professores.

O Scribd - como embeber documentos

Vai sendo muito habitual vermos vídeos embebidos nos blogues. O procedimento é simples: copia-se um código no site de partilha de vídeos (YouTube,...) que se cola no HTML do post do blogue.
Mas quando se quer partilhar um documento (do tipo .doc ou .pdf) geralmente usa-se uma ligação para o mesmo e permite-se a leitura e o download a quem o queira ler... se tiver o Word ou o Adobe Reader.
Mas há outra solução que torna possível, à semelhança dos vídeos, embeber o documento no próprio blogue: chama-se Scribd e, não por acaso, também é conhecido por YouTube dos documentos...
O processo de upload dos documentos - que podem ser dos mais variados formatos - é simples, tal como a posterior colocação dos mesmos no blogue.
Para demonstrar as potencialidades do Scribd, deixo de seguida uma entrevista que o Professor Eric Mazur deu à Gazeta da Física. Pode ser lida no próprio blogue ou, melhor ainda, clicando no pequeno botão à direita da barra de botões abre-se uma janela em fullscreen.

Os próximos 50 anos...

O escritor Arthur C. Clarke formulou aquela que viria a ser conhecida por Primeira Lei de Clarke: "Quando um distinto mas velho cientista declara que algo é possível tem quase de certeza razão. Quando declara que algo é impossível, está quase de certeza errado." Por outras palavras, quando os cientistas fazem previsões erradas, quase sempre erram porque prvêem que o futuro será demasiado semelhante ao presente.

Daniel Gilbert
, Tropeçar na Felicidade, p. 149, Estrela Polar
Sendo assim, vamos lá saber o que uma equipa de prospectiva tecnológica da British Telecom prevê para os próximos 50 anos. (é melhor arranjar uma cadeira...)

Podcasting

Hoje, o JN dá algum destaque à utilização do podcasting em contexto de sala de aula (às vezes, os media tradicionais ainda são capazes de nos surpreender...).
Curiosamente, ainda ontem vi na RTP2 uma alusão ao Estúdio Raposa, um blogue do Luís Gaspar, conhecido locutor da televisão. No mesmo é possível encontrar inúmeros podcasts com os mais variados textos de língua portuguesa. Do mesmo Luís Gaspar é o projecto Palavras d'Ouro, site no qual reúne um considerável acervo de textos de autores portugueses e estrangeiros. Muitos desses textos são vocalizados pelo próprio.

Dizer poesia tem muito que se lhe diga...
Sinceramente, não gosto do modo como o Luís Gaspar diz muitos dos poemas. Mas devo ser esquisito. Também nunca gostei muito de ouvir o Vilarett, principalmente os poemas mais íntimos. O épico é que lhe ficava bem. Prefiro o Mário Viegas. Os DVD's com as gravações que fez para a RTP deviam ser oferecidos às escolas... A perfeição só é atingida pelo Luís Miguel Cintra a dizer Ruy Belo! Ou então o Ary a dizer os seus poemas, como este - (clicar na seta azul) O Objecto.

Fazer parte...

Depois de quase cinco anos a trabalhar para o Google, nomeadamente no Gmail e no Google Reader, Kevin Fox decidiu dar uma volta à vida e começar de novo. À saída, deixou muitos elogios à empresa tendo afirmado:

Google is the first place I've ever worked where I feel that I'm part of the company as opposed to working for the company.
Ao ler isto, lembrei-me da proposta para o novo modelo de gestão das escolas.
Por que será?

A esperança faz mal à saúde!

Pois é: ter esperança que as coisas nos irão correr melhor no futuro pode ser prejudicial à nossa qualidade de vida. Um estudo (eh eh eh, muito gosto destes estudos...) feito pela Universidade de Michigan aponta nesse sentido - quem espera, desespera. A notícia, do NYT, está aqui e pode ser lida na íntegra.

Sobre isto, recordo que, há cerca de um mês, fiz uma pequena provocação à Idalina Jorge, no seu Paideia. Um post que lá colocou faz uma citação de Seligman:

O pessimismo é um hábito enraizado que tem consequências devastadoras e nefastas: humor depressivo, resignação, insucesso e, surpreendentemente, falta de saúde.
Ao ler aquilo, resolvi inverter a causa e o efeito e deixei assim na caixa de comentários:
A falta de saúde é um azar genético que tem consequências devastadoras e nefastas: humor depressivo, resignação, insucesso e, naturalmente, pessimismo.
Mal eu sabia que o pessoal de Univ. de Michigan me iria dar razão - o pessimismo é como as vitaminas!

P.S.: Ou seja, meus amigos, o melhor é não ter esperança em remodelações governamentais... Vai dar azia - estou a avisar!

O melhor é desistir!

É ideia corrente que nunca devemos desistir dos nossos objectivos. Parece, no entanto, que a partir de um determinado nível, o melhor para a saúde é desistir mesmo.
Ver aqui a notícia "Quitting can be good for you", já com alguns meses, a partir do NY Times...

Bom aluno, aluno dotado e aluno criativo


Interessante este texto sobre as diferenças entre três tipos de alunos: o que tira boas notas, o que aprende bem e o que é um pensador criativo.

Já agora, também relacionado com a criatividade, este artigo do N. Y. Times, onde lá para o fim se faz uma referência a um livro com o subtítulo "How What We Know Limits What We Can Imagine" - o que me faz recordar uma entrevista da Agustina Bessa-Luís na qual afirmava que a sua melhor qualidade como escritora era a falta de memória.