No Aragem, há quase um mês, o Miguel Pinto colocou um excerto do livro "Avaliação das aprendizagens: Desafios às Teorias, Práticas e Políticas", de Domingos Fernandes, da Texto Editores.
É um texto (e será um livro) que me parece bastante pertinente sobre as práticas e as políticas avaliativas.
A avaliação é uma área (entre tantas outras...) onde há muito a melhorar. Nesse excerto faz-se uma listagem de alguns dos problemas a resolver. Eis alguns:
- a convicção por parte de muitos professores de que, através dos testes, estão a avaliar aprendizagens profundas;
- a confusão entre a avaliação formativa e a avaliação certificativa ou sumativa é um problema que parece indiciar que existirão poucas práticas de avaliação genuinamente formativa;
- a função certificativa e classificativa da avaliação, a atribuição de notas, está claramente sobrevalorizada em detrimento da função destinada a analisar o trabalho dos alunos para identificar necessidades e para melhorar as aprendizagens;
- a tendência para comparar os alunos entre si, levando-os a crer que um dos propósitos principais da aprendizagem é a competição em vez do crescimento pessoal.
A investigação em educação realizada nas últimas décadas tem evidenciado claramente que a avaliação formativa é um poderoso processo de desenvolvimento das aprendizagens dos alunos.Termino com a última frase do excerto do livro citado, que remete, uma vez mais, para a questão do tempo e que talvez explique por que razão, como acima afirmei, ainda há tanto por fazer nesta área...
Todo o tempo é pouco para que os professores se possam dedicar ao essencial: ajudar os alunos a desenvolver as suas aprendizagens.
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