Notou-se no debate [Prós e Contras, sobre educação] uma ausência de realidade. É evidente que ninguém conhece toda a realidade e não há evidências empíricas que se possam universalizar. Mas tenho para mim que o Ministério conhece a realidade pelo que lhe reportam as estruturas regionais e os papéis que recebe. E o mapa cor-de-rosa que possui pode estar bastante longe de muitos dos contextos reais. A profissão docente é hoje (de forma tendencial) muito mais penalizadora, muito mais intensa, complexa e mais destrutiva, muito mais 'mortal'. E a prazo alguém vai pagar a factura. É certo que "as coisas" vão funcionando, vão "avançando".... mas muito na lógica do "faz-de-conta" e da aparência. Porque no fundo, no fundo só uma política inspirada na implicação, no apoio, no fazer gerar vontades, na celebração autêntica e verdadeira pode gerar resultados duradouros...A factura será paga dentro de poucos anos - quando as escolas tiverem um corpo docente envelhecido, cansado, descrente, injustiçado, vigiado ao mais ínfimo pormenor e que não se sente reconhecido. Em suma - "morto". Para mim, há uma verdade límpida: um professor não é um fabricante de sapatos, o entusiasmo que coloca naquilo que faz é um factor essencial para a qualidade dos seus resultados.
Matias Alves, terrear
25_Bilhete Postal_JMA_Avaliação pedagógica e currículo: entre a retórica e
as práticas instituídas
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A avaliação sempre esteve no centro de um “o...
Há 1 hora
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