Muito interessante este texto do Phillippe Meirieu que se pode encontrar no Terrar. Devia ser de leitura obrigatória para muitos pais que insistem em escolher "a dedo" a escola e a turma dos seus filhos, impedindo-os, desse modo, de crescer. Excertos:
A escola, precisamente, tem como missão ensinar à criança que a família, eminentemente necessária para o seu desenvolvimento, não é – não pode ser – o seu único universo de referência.
É, com feito, na escola que descobrimos que outros meninos vivem de forma diferente. Que aprendemos que os pais não reagem todos da mesma maneira. Que as sanções e as recompensas não são as mesmas. Que não se crê, em todo o lado, nos mesmos deuses. Que as preocupações de uns não são as mesmas de outros. E que as opiniões de uns não são os pontos de vista de todos.
O que, na realidade, caracteriza a turma na escola da República é que os seus membros não se escolhem e o seu encontro é aleatório. Podemos ter ao lado amigos, grupos de pertença, convicções, simpatias… Mas nada disto deve ser um critério de constituição de uma turma. Pois vamos à escola para aprender em conjunto… aprender sem sermos escolhidos!
(...) É uma empresa difícil libertarmo-nos, assim, do círculo da família. Uma história que começa no dia do primeiro dia de aulas… e que continuará por muito tempo, para lá da “escolinha”.
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