Matéria finita

242 entradas depois, esta é a última.
Desde Janeiro, quando encontrei a rede Interactic, comecei a sentir que este blogue perdeu razão de ser. Aqui, a ideia fundamental sempre foi a partilha de descobertas, a experimentação de novas soluções, o relato dos vislumbres de futuro. De vez em quando, opinião e até desabafos, mas sempre com a sensação de que estavam a mais. A rede Interactic cumpre na perfeição o que aqui procurei no início.

Tenho lido e ouvido muita coisa ridícula sobre a blogosfera. Palavras de quem ainda pensa com uma cabeça do século XX. Há uns meses, na SIC, vi um debate lamentável com quatro velhos a falar destas coisas como quem fala de algum "sistema editorial" e muito aflitos porque agora todos podem "publicar". Ainda pensei postar sobre o assunto e mostrar a irrelevância do que disseram. Mas não tive paciência. Tempus fugit.

Dentro em breve, será claro para todos que a Web em geral mais não é do que uma estupenda ferramenta de trabalho, de estudo e de partilha colectiva. Uma nova forma de sermos e estarmos com os outros.
Foi com muito entusiasmo que durante cerca de um ano e meio aqui fui postando regularmente. O facto de o fazer, "obrigou-me" a descobrir pessoas fantásticas. Inúmeros vídeos e textos e sons que me permitiram ter hoje um olhar mais positivo e optimista sobre o mundo, a ser melhor pessoa e melhor profissional (admitimos sempre que melhoramos e não o contrário, não é?...). A esses, que de uma ou de outra forma por aqui foram passando, mais próximos ou distantes, ainda vivos ou já mortos, estarei sempre grato.

Esta casa tornou-se grande e pouco acolhedora. Vou experimentar um kibbutz. Encontramo-nos lá!?

Links da semana (weekly)

  • Participação de Benjamin Zander numa conferência de líderes escolares...

    tags: Benjamin Zander, positive thinking

    • Talking to headteachers at a conference organised by the National College of School Leadership, Zander explains why we should stop listening to the negative voices in our heads and give ourselves and others an A-grade.

    • He urges people to think positively and be open to possibilities. He argues that we spend too much time and energy being weighed down by negative thinking and downward spirals.

    • The secret, he says, is to try to live in possibility, and not to take yourself too seriously.

  • Catálogo da NASA com imagens do espaço.

    tags: nasa, space, pictures, images, physics, astronomy

  • Para um bom desempenho no trabalho, a motivação interna é muito mais eficaz do que as recompensas financeiras...

    tags: psychology, motivation, work, washingtonpost

    • A host of experiments have shown that when threats and rewards enter the picture, they tend to destroy the inner drives.
    • Beliefs about the utility of rewards and punishments in motivating human behavior are deeply ingrained, and most people don't know that more than 100 research studies have shown that motivating people in this manner can have the unintentional effect of undermining their internal drives.
    • External rewards and punishments are counterproductive when it comes to activities that are meaningful -- tasks that telegraph something about a person's intellectual abilities, generosity, courage or values.
    • It is easy to offer a reward, but it is not easy to help people find their own motivation.
  • tags: no_tag

Uma introdução antropológica ao YouTube

O conhecido Michael Wesch, professor de antropologia da Kansas State University, que ficou famoso pelo vídeo "The Machine is Us/ing Us" (visto quase 7 milhões vezes!...) produziu recentemente um novo vídeo que constitui uma espécie de estudo antropológico sobre o próprio YouTube... São 55 minutos interessantes, que mais para o final são mesmo poéticos e comoventes:



Já agora, aproveito para colocar aqui um outro vídeo de uma conferência dada pelo mesmo Michael Wesch na Universidade de Manitoba, Canadá, em 17 de Junho passado. Mais de uma hora a reflectir quais as implicações possíveis das novas tecnologias no mundo da educação. Intitula-se "A Portal to Media Literacy":

Já meteste o Magalhães na pasta?

Uma escola de doentes?

Acabo de ver na RTP 2 um documentário sobre os trabalhos de um cientista especializado em comportamento animal. Durante anos desenvolveu estudos com grupos de babuínos e fez descobertas que vão muito de encontro às que têm sido feitas pelos psicólogos experimentais relativamente aos humanos. Parece que há um factor, nos dois casos, que tem uma implicação directa no bem-estar, felicidade e florescimento dos indivíduos - a sensação de controlo. Quanto maior for a implicação do sujeito na sua actividade e maior a importância atribuída ao seu contributo, maior serão as probabilidades do mesmo ter uma vida mais saudável. A percepção de que aquilo que damos aos outros é importante e que as nossas opiniões são tidas em conta na tomada de decisões favorece-nos a saúde, tanto fisica como psicologicamente.

Talvez por isso Kevin Fox, ao sair da Google, tenha deixado um enorme elogio:

Google is the first place I've ever worked where I feel that I'm part of the company as opposed to working for the company.
E apetece perguntar: a escola que aí vem, onde os professores claramente passarão a ser tratados como funcionários, onde terão de humildemente cumprir as ordens do Sr. Director, onde a sua voz cada vez mais se distancia do núcleo onde as decisões são tomadas, essa escola que aí vem, perguntava, será uma escola de professores doentes?
Comparando os estados de espírito dos tempos mais recentes com os de há não muitos anos a resposta parece-me evidente.
Mas tudo isto são minudências demasiado subtis para os bárbaros. O que lhes interessa não será exactamente a felicidade dos que tutelam...

Links da semana (weekly)

O que fazer antes de morrer

A Esquire faz uma lista muito bem humorada das 75 coisas que todos devíamos fazer antes de morrer. Entre as inúmeras propostas há uma que destaco (vá lá saber-se porquê...):

Take care of someone else’s three-year-old for a day.

It may be rough going. But you’ll never learn a child’s humanity with a howdy-do. Time is the best gift you can give a child. The parents like it, too.

Subscrevo!

Links da semana (weekly)

Abertura de espírito

Nota prévia: esta entrada utiliza o serviço Apture que permite a criação de ligações sem sair desta página... Basta passar com o rato por cima das ligações assinaladas com um pequeno ícone. Para ver os vídeos em tamanho maior, clicar no ícone de fullscreen, em cima à direita.

Em tempo de Verão, o calor aperta e o miolo liquefaz. A parvoeira borbulha e vem ao de cima. Silly season, dizem eles... Entrando na onda, vou colocar alguns vídeos que me chamaram a atenção ultimamente. Enfim, apenas pretexto para mostrar as potencialidades do Apture, um serviço que acrescenta uma nova dimensão a uma simples página web. E não se fica pelos vídeos, também se pode fazer ligação a música, documentos, etc. Então vá:

  • Comecemos pelo Chris Crocker e o seu The Hairflip! - uma forma de aprender o que fazer naquelas situações em nada nos ocorre para dizer...
  • Não se pode perder também o Judson Laipply a recordar a dança nos últimos 50 anos - em apenas 6 minutos!
  • Não dança muito, é certo, mas não se pode pedir mais ao incontornável Waits. Neste vídeo afirma que não quer crescer. Somos dois, Tom!
  • Sendo professor, e quando penso em Setembro próximo, vem-me sempre à memória uma música dos UHF... Adivinhem qual é.
  • Enfim, hei-de sobreviver. Digo eu, mas não estou certo disso. Principalmente depois de assistir ao que aconteceu ao Cristo pós-moderno. Fia-te na virgem e não corras!
  • Mas, mesmo que algo de errado venha a acontecer, há sempre a possibilidade da ressurreição - Aleluia!

Já chega! Vou apanhar Sol.
Porque o que verdadeiramente importa na vida é o creme solar.
Tenho dito.

Google Docs tem centenas de modelos (templates)

O Google Docs, serviço de office online, vai acrescentando novas características a um ritmo interessante, mas sem nunca deixar o utilizador desorientado com mudanças radicais de organização do interface. Recentemente, foi acrescentada a possibilidade de trabalhar nos documentos em offline, ou seja, mesmo que não se tenha acesso à net, podemos fazer as alterações pretendidas e, quando o acesso for possível, o sistema faz uma sincronização automática. ;-)

Esta semana, mais uma novidade - templates for the people! E não são meia dúzia deles, são literalmente dezenas. Para documentos escritos (tipo Word), para apresentações e (principalmente) para folhas de cálculo. Neste último caso é possível encontrar um modelo de folha de cálculo para quase tudo o que nos lembremos - até para essa cena tão old fashion que são as listas e os álbuns de casamento. Querem ver um exemplo? Está aqui.

No vídeo abaixo, alguma malta que trabalha para o Google explica como faz para manter as finanças na ordem usando uma folha de cálculo. E parecem felizes...



Com estas ferramentas a ficarem cada vez mais robustas, as ligações à net cada vez mais rápidas e ubíquas e os portáteis a ficarem efectivamente portáteis (quer no tamanho, quer no preço...), tudo se conjuga para que o velho sonho da Sun - que agora dá pelo nome de cloud computing - se venha a concretizar em breve... Já agora, deixo abaixo uma reportagem da Globo sobre o assunto, na qual é entrevistado Eric Schmidt, CEO da Google.

Ouviram?...

Perguntou-se a Eric Schmidt, CEO da Google, o que poderiam as empresas vulgares aprender com a prática da sua empresa. A resposta foi pouco habitual:

They can learn to listen. Listening to each other is core to our culture, and we don’t listen to each other just because we’re all so smart. We listen because everyone has good ideas, and because it’s a great way to show respect. And any company, at any point in its history, can start listening more.
Talvez por esta e por outras a Google é o que é...

Abandono escolar

Andava a explorar o Swivel, um interessante serviço de dados e representações gráficas, quando encontro um gráfico sobre o abandono escolar nos países desenvolvidos no anos de 2005 e 2006. Nada que ainda não se soubesse. Mas dói.
Abaixo aparecem apenas os 10 "melhores" classificados.
Early School Leavers: Comparison among Developed Countries for year 2005, 2006

Links da semana (weekly)

  • Interessante artigo de Koïchiro Matsuura, Director-Geral da Unesco, sobre o impacto da partilha do conhecimento.

    tags: UNESCO, Koïchiro Matsuura, knowledge, sharing

    • o potencial de desenvolvimento de uma sociedade dependerá no futuro menos das riquezas naturais e mais da capacidade de criar, distribuir e utilizar o conhecimento.
    • Em sociedades interligadas, criatividade e possibilidades de troca ou partilha são grandemente aumentadas. Estas sociedades criam um ambiente particularmente favorável ao conhecimento, inovação, formação e pesquisa. As novas formas de sociabilidade em rede que estão a desenvolver-se na Internet são horizontais e não hierárquicas, encorajando a cooperação, como é bem ilustrado pelos modelos de software de computador de pesquisa "colaboradora" ou "fonte aberta".
  • Um documento do Gabinete de Estatística e Planeamento do Ministério da Educação relativo a 2006/07.

    tags: education, statistics, GEPE, teachers, K12

  • Manual básico de estatística do INE.

    tags: statistics, ine, estatística, maths

José Manuel dos Santos

JM SantosÀ custa do Matias (mais uma vez...), acabo de descobrir um fabuloso cronista - José Manuel dos   Santos. De costas voltadas para o Expresso há já muitos anos, principalmente devido à obsessão pela economia e adjacências (que saudades da velha Revista, dirigida nos anos 80 pelo Vicente Jorge Silva!...), não contava por lá encontrar quem usasse da palavra de modo tão magnífico. Quando começo a ler o texto sobre Eduardo Lourenço (7 de Julho de 2008):

Todos somos heterónimos do tempo: aqueles que ele cria e destrói para nisso, e em nós, se multiplicar.
Sinto de imediato o relâmpago da novidade: não é qualquer um que escreve isto! E mais à frente:
Na sua conversa [Eduardo Lourenço], há gravidade e graça, cidade e província, mundo e narrativa, texto e comentário, interior e exterior. E há uma malícia que se ri da sua pontaria fulminante. De tantas e tão grandes virtudes intelectuais que possui, há uma que é o princípio de todas as outras - a atenção subtil. Raros são os homens com uma atenção assim: tão distraída, tão fina e tão intensa. Distraída do quotidiano e das suas utilidades. Atenta ao coração do mundo.

Não é necessário mais. O melhor é ler as crónicas todas. O Expresso fez-me o favor de ter em arquivo as últimas (desde 28 de Abril).
Entretanto, numa busca rápida no Google, encontro no DN online que "José Manuel dos Santos recebeu o prémio João Carreira Bom 2006, que distingue as melhores crónicas jornalísticas".
As suas palavras de agradecimento foram de um raro pudor. E o pudor não está ao alcance de qualquer um...

"Não há alegria mais serena que a que nasce do coração agradecido", disse, afirmando estar grato "por terem reparado na [sua] discrição". E sublinhou: "Escrevo crónicas que falam muito do que se fala pouco e falo pouco do que se fala muito".

O copy-paste e a 3ª Guerra Mundial

Segundo o Público de hoje, ocorreu um incidente diplomático durante a cimeira do G8 que decorreu esta semana no Japão. Segundo este jornal relata, os americanos fizeram distribuir uma nota na qual constava um resumo biográfico de Silvio Berlusconi, onde se podia ler que o primeiro-ministro italiano é:
"Um dos mais controversos líderes na história de um país conhecido pela corrupção governamental. (...) é visto por muitos como um diletante político que apenas obteve o seu alto cargo por meio da considerável influência exercida sobre os media nacionais, até ter sido obrigado a demitir-se em 2006."
Perante a estupefacção generalizada, os americanos lá tiveram que pedir desculpa e esclareceram que os excertos foram copiados da Internet, nomeadamente da Encyclopedia of World Biography.
É caso para dizer que com assessores destes não há Bush que resista... Por outro lado, não deixa de ser um alívio que a vítima tenha sido Berlusconi. É que se o incidente se tivesse passado com os russos, quer-me parecer que a esta hora estaríamos agachados a ver os mísseis cruzar os céus. É o que dá o copy-past!... LOL.
Já agora: já alguém leu o famoso Tratado de Lisboa? Eu também não, mas começo a suspeitar que as dificuldades de interpretação do mesmo se devem ao facto de alguém se ter lembrado de fazer copy-past do... Tratado de Tordesilhas. É apenas uma ideia. Big LOL.

Para que serve a escola?

Só quem não dá aulas (ou o faz distraidamente)  é que não percebe que, havendo exames com intuitos classificativos e implicação directa nas opções profissionais dos alunos (e não como simples processos de aferição das aprendizagens, como deviam ser...), necessariamente se introduz um efeito perverso no interior da sala de aula que inquina todo o processo de ensino-aprendizagem, transformando-o num treino de "cães amestrados" e arredando todo e qualquer pensamento crítico sobre os conteúdos que são objecto de estudo, deste modo desvirtuando a função primordial da educação. (É claro que esta discussão também é ideológica: sabemos bem a quem interessa formar "bons trabalhadores" e detrimento de "cidadãos com espírito crítico"...)

Para quem, ao arrepio do pensamento (quase) único, não se conforma com a existência de Exames Nacionais nos moldes actuais, é reconfortante ler este texto de Palmira F. da Silva, no De Rerum Natura, onde esta professora, apesar de não discordar da existência de exames, enuncia claramente alguns dos seus efeitos perversos. Apenas algumas frases:

(...) Mais concretamente, na afirmação produzida nos segundos finais do minuto 4, a ministra destaca como muito positivo o «treino» dos alunos na resolução de provas: «Treinando os alunos para o exame. É muito importante treinar os alunos para o exame».
Fico horrorizada com esta assumpção cândida e pública do que parece ser o objectivo do ensino no secundário para o ME: treinar os alunos para terem bons resultados nos exames, transformando-os em «máquinas» de decorar resoluções de exercícios sem perceberem minimamente os conteúdos subjacentes, conteúdos que já de si deixam muito a desejar.
Treinar os alunos para exames é mau, porque dá a ideia de que o importante não é desenvolver capacidades cognitivas mas sim mecanizar resoluções sem pensar muito sobre elas. É especialmente mau porque os alunos são «formatados» nestas resoluções sem desenvolverem pensamento autónomo e crítico.

Links da semana (weekly)

Do Futuro, segundo Raymond Kurzweil

Um interessante vídeo da RTE com uma entrevista a Raymond Kurzweil, um dos pensadores mais conceituados da actualidade. Fala-se do futuro próximo e da integração do biológico e do orgânico. Onde, a certo ponto, se pergunta "o que é ser humano?" - o conhecimento do passado e a perspectiva do futuro como agentes pacificadores do presente...

Vídeo retirado do canal "Redes", da Blip.tv.

Links da semana (weekly)

Blogar faz bem à saúde!

Acabou o sentimento de culpa! A minha intuição bem me dizia que havia mais qualquer coisa além do interesse por "novas tecnologias", "educação", "ciência" e afins. É o meu corpo que me pede. A simples actividade de blogging é claramente benéfica para a saúde.

"expressive writing produces many physiological benefits. Research shows that it improves memory and sleep, boosts immune cell activity and reduces viral load in AIDS patients, and even speeds healing after surgery."
Isto e muito mais pode ser lido na íntegra neste artigo da Scientific American online.

Não há lugar para dúvidas - por muito que me custe, tenho de continuar a "dar a matéria". Para meu próprio bem!

P.S.: Só não percebo por que razão o cabelo me continua a cair... E as dores de costas?... E...

Adenda: A verdade é que, no ano passado, durante uma das piores fases da minha vida, senti uma efectiva necessidade de escrever. Nasceu este blogue e ainda um outro que descontinuei em Fevereiro. Chamava-se Terra da Alegria....

"Deslarga-me da mãe"

Numa altura em que tanto se fala da importância da participação dos pais na vida escolar e sua administração, não deixa de ser curioso encontrar isto:

A escola pública existe para tirar os filhos aos pais - a fim de os constituir alunos e educá-los em nome da sua autonomia por vir. Não se pense que ironizo a favor dos valores familiares ou coisa parecida. A missão da escola pública é oferecer aos alunos condições para que beneficiem da efectiva possibilidade de adoptar um modo de vida diferente da dos próprios pais.

Abel Barros Baptista, LER, Junho de 2008, p. 13.

Links da semana (weekly)

  • "Lá porque os pões em grupo, não quer dizer que trabalhem em equipa"...
    Um artigo sobre os 5 elementos básicos para uma aprendizagem cooperativa.

    tags: cooperation, learning, pedagogy, teaching

  • Uma lista de 100 ferramentas Web segundo os diversos "estilos de aprendizagem".

    tags: web2.0, tools, learning

    • Mindomo: Premium versions of this mind mapping tool come at a cost, but you can get access to the basic version for free. It allows you to add links, pictures and text to mind maps and share them over the net.
    • Moodle: Post and share podcasts with an interactive online community using Moodle. You can not only post your own podcasts but get access to those of others that could provide educational value to you.
    • Put your notes or classroom information into an audio format with these handy apps.
    • Bookmarking
    • These chatting and networking tools can make it easy to interact with classmates and friends.
      • JotSpot: Working in a group just became easier with this online wiki tool that allows students to share notes, project ideas and information in an easily accessible format.

Trabalho colaborativo. Pois, pois...

A Isabel Campeão, que não conheço pessoalmente, mas cujo blogue visito regularmente, esteve na última reunião do meu Departamento. Não a vi lá, mas para ter escrito isto só pode ter lá estado. É que nos fartamos de falar do modo como poderá ser possível reabilitar o "velho" e saudável hábito de nos reunirmos para falarmos de... aulas/aprendizagem/pedagogia.

Numa entrada muito pertinente, a Isabel também fala dos horários sem "espaços de respiração" dos alunos. (Os meus, nas últimas semanas, já não me ligam nenhuma. Na verdade, também eu já não me ligo nenhuma.).
Não fala, mas podia falar, das bibliotecas escolares quase vazias - ou têm aulas ou estão em casa.
Não fala, mas podia falar, do estado de exaustão em que muitos professores se encontram por estes dias. As faltas, agora, são residuais, é certo. Mas não tardará a chegar o tempo da factura - as pessoas vão estourar. Quando as baixas começarem a ser mais prolongadas, devido a esgotamentos, talvez alguém se lembre que aqueles "artigos 102", de vez em quando, tinham o seu quê de terapêutico. E, recorde-se, a "brincadeira" ainda nem sequer começou... Brincadeira essa que, como bem diz a Isabel, não vem ajudar em nada o tão desejado trabalho colaborativo. Como "alguém" disse num comentário: "Para haver trabalho colaborativo tem de haver confiança. Para haver confiança tem de haver espaços e tempos e clima e projectos comuns. Só assim a cultura se constrói e dá frutos. Evidentemente que este objectivo político nunca existiu."

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Wiki-Frigi

Ainda há dias se falava no Interactic sobre qual a melhor plataforma Wiki.

Wetpaint para aqui, Wikispaces para ali, Pbwiki para acolá...

Chego à cozinha e percebo tudo - Wiki-Frigi, é o que é!

Revista "Educação, formação & tecnologias" - Nº 1


Links da semana (weekly)

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  • tags: no_tag

    • It is the country with the sixth highest GDP per capita in the world; where people buy the most books; where life expectancy for men is the highest in the world, and not far behind for women; it's the only country in Nato with no armed forces (they were banned 700 years ago); the highest ratio of mobile telephones to population; the fastest-expanding banking system in the world; rocketing export business; crystal-pure air; hot water delivered to all Icelandic households straight from the earth's volcanic bowels; and so on and so forth.
    • All are equal

O Comendador... e os comentadores.

Não resisti.
De passagem pelo Umbigo, dou com um post sobre um artigo do Comendador Marques de Correia no Expresso de 12 de Maio. Todos a malhar no homem que, pelos vistos (digo eu, que não leio o Expresso vai para 20 anos!...), gosta de dar uma no cravo outra na ferradura... O engraçado é que parece que ninguém deve ter lido com atenção o artigo do senhor, ou, pelo menos, o parágrafo seguinte:

Foi por isso que não resisti.
E deixei lá também o meu comentário:

Desta vez, por acaso, nem concordo com o Paulo Guinote. Acho que cada um tem direito às suas esquizofrenias. Se quiser pôr os seus pseudónimos a discutir uns com os outros, pois que o faça. As certezas são uma coisa reservada aos infalíveis. E de infalíveis está o mundo cheio.

Por falar nisso: o que me incomoda mais é que, 22 comentários depois, ninguém tenha dado pelo facto de que o Comendador deu uma calinada científica. De facto, a água NÃO É constituida por duas MOLÉCULAS de hidrogénio e uma de oxigénio!...
Mas isso é um pormenor irrelevante. Estou a ser esquizofrénico, não é verdade?

Links da semana (weekly)

World Wide Telescope

Havia sido prometido há algum tempo - eis que vê a luz do dia: o World Wide Telescope.
Um estupendo projecto da Microsoft que nos permite passearmos pelo Universo como se possuíssemos o melhor dos telescópios do mundo. Na verdade, o WWT combina as imagens que lhe chegam dos telescópios de todo o mundo e coloca-as à nossa disposição. As possibilidades educativas são imensas...
Segundo se pode ler no site do WWT, os objectivos principais do projecto são:

  • To aggregate scientific data from major telescopes, observatories and institutions and make temporal and multi-spectral studies available through a single cohesive Internet–based portal.
  • To re-awaken the interest for science in the younger generations through astronomy and new technologies through the virtual observatory of the WWT. This also provides a wonderful base for teaching astronomy, scientific discovery, and computational science.
No vídeo abaixo assiste-se à apresentação do projecto por Roy Gould numa TED Talk recente.



Só há uma "coisinha": é que os requisitos do computador para correr o programa são:
  • Microsoft® XP SP2 (minimum), Windows® Vista® (recommended)
  • PC with Intel Core 2 Duo processor with 2 gigahertz (GHz) or faster, recommended
  • 1 gigabyte (GB) of RAM; 2 GB RAM recommended
  • 3D accelerated card with 128 megabytes (MB) RAM; discrete graphics card with dedicated 256-MB VRAM recommended for higher performance
  • 1 GB of available hard disk space; 10 GB recommended for off-line features and higher performance browsing.
Ooops! E agora, José?

Google Friend Connect

Ora aqui está a tecnologia que vai desviar a atenção das redes sociais para os conteúdos. Como sempre devia ter sido...

Os desafios do professor

A partir do Terrear, chego a um texto do António Nóvoa retirado de uma palestra proferida em São Paulo. Onde, entre outras coisas se diz:

É também um paradoxo a glorificação da sociedade do conhecimento em contraste com o desprestígio com que são tratados os professores. Como se por um lado achássemos que tudo se resolve dentro das escolas e, por outro, achássemos que quem está nas escolas são os profissionais razoavelmente medíocres, que não precisam de grande formação, grandes condições salariais, que qualquer coisa serve para ser professor.
E por fim há um outro paradoxo entre a retórica do professor reflexivo e, ao mesmo tempo, a inexistência de condições de trabalho concretas – desde condições de tempo, a matéria-prima mais importante da reflexão – e desenvolvimento profissional que possam, de fato, alimentar a idéia do professor reflexivo. São paradoxos que precisamos saber ultrapassar e, para isso, é importante a mobilização, o combate coletivo dos professores.

A profissão tem um déficit grande de organização no interior das escolas. Enquanto que outras profissões conseguiram manter as duas camadas, uma mais macro, a exemplo das grandes ordens dos médicos, dos farmacêuticos ou engenheiros, [que] conseguiram manter um nível de debate político macro muito forte, mas isso não os impediu de terem modelos de organização nas instituições muito mais fortes do que os nossos. Os modelos de organização dentro das escolas são muito débeis, muito burocráticos. E isso nos tem prejudicado muito.
É preciso buscar modelos de organização nas escolas que mudem as formas como os professores se organizam, como a profissão está organizada. A quem é que temos que prestar contas de nosso trabalho? Como é possível encontrar outro modelo de trabalho profissional, mais próximo da realidade institucional e que permita à profissão ter uma capacidade de intervenção que hoje em dia, é preciso reconhecer, ela não tem? Tem no nível político mais geral, na maior parte dos países, mas não no nível da organização da instituição concreta. E não tem no plano do reforço do que designamos por colegialidade docente, o grupo de professores daquela escola, em que seja possível consolidar formas de colaboração muito mais fortes. Continuamos a ser uma das profissões onde se colabora menos, do ponto de vista profissional. Não digo do ponto de vista sindical, porque muitas vezes é bastante mobilizada. Mas do ponto de vista do gesto profissional, do dia-a-dia profissional, da rotina, há um grande déficit de colaboração. E isso é fatal para nossa organização como profissão.
Para ler o artigo completo, clicar aqui.

Links da semana (weekly)

  • Um interessante artigo de Isabel Mendonça sobre a Educação e o seu futuro.

    tags: education, future, learning, school

    • ensino por infecção
    • ensino por infecção
    • teoria da imersão
    • Os alunos são orientados para analisar, sintetizar, criticar e, sobretudo, para criar e estimular o gosto pelo risco e espírito de iniciativa, aumentando a auto-confiança e elevando o padrão de qualidade da comunicação verbal e escrita. Assim, o aluno acaba por adquirir maior conhecimento do que aquele que recebe, pela pesquisa e envolvimento exigido nos trabalhos práticos desenvolvidos, ampliando assim a sua criatividade e auto-estima, capacidade de análise e síntese num ambiente estimulante de continua descoberta.
    • decidiu desenvolver um projecto juntamente com outros colegas, de diferentes áreas, onde era proposto aos alunos um desafio: esquecer a história política do planeta Terra e criar um sistema político em Marte. O desafio consistia, pois, em largar toda a bagagem terrena e recomeçar com um novo sistema político, que deveria ser desenvolvido pelos jovens estudantes.
    • no Centro de Formação do Concelho de Loulé, um trabalho de investigação sobre “Expressão Corporal na formação contínua de professores do ensino secundário”. O curso fez incidir o seu conteúdo na identificação e integração de fórmulas para minimizar o mal-estar do professor e a capacidade deste intervir junto do estudante, por forma a obter da sua parte uma maior motivação perante a situação de aprendizagem. Esta aposta numa formação alternativa para professores, levou à colocação em prática, na sala de aula, de técnicas de relaxamento, na utilização de actividades expressivas, nomeadamente dramatização de conteúdos e partilha de emoções, aprendidas durante a sua formação. Por fim, e não menos importante, concluiu-se que os “dilemas relacionais” dos professores relativamente à indisciplina, se resolviam com a introdução de estratégias expressivas e com atitudes decorrentes de um maior bem-estar do próprio professor, havendo uma maior motivação e conforto na aprendizagem por parte dos alunos.
    • “Building Schools for the Future”. O desafio consiste na reabilitação e renovação de todo o parque escolar do ensino secundário
    • Neste programa, toda a comunidade é convidada a participar. Assim, podemos encontrar no site da BSF mensagens convidando alunos, pais, funcionários, docentes e autoridades locais a darem o seu contributo de forma pró activa. Tal é alcançado nomeadamente, pela promoção de debates sobre o que deve ser uma escola moderna, como deve ser construída, o que deve oferecer para que se torne mais atractiva, onde devem ser aplicados os fundos e quais as áreas que carecem de mais trabalho e atenção. O objectivo está bem definido: uma profunda mudança na experiência educativa, quer para os alunos quer para os professores, e ainda uma forte aposta na aprendizagem ao longo da vida que se estende a toda a comunidade sem excepção.
  • Educational Origami is a blog, and a wiki, about the integration of ICT into the classroom.

    tags: education, wiki, learning, resources, web2.0

  • Planetário virtual. Muito bom para a observação do céu e estudo das constelações.

    tags: astronomy, software, science, opensource, space, stellarium, physics

  • Conjunto de actividades e jogos em flash para alunos da Pré, 1º Ciclo e 2º Ciclo. Muito bom para usar com o quadro interactivo.

    tags: QI, flash, resourses

Renovar o ensino. Ideias de futuro.

Acabo de ler um artigo muito interessante numa "revista" online intitulada IM Magazine.
Chama-se "Renovar o ensino. Ideias de futuro" e é da autoria de Isabel Mendonça.

Quem utilizar o Diigo, pode juntar-se à "conversa" que iniciei em torno do artigo...
Sim, porque o Diigo também pode ser encarado como uma "rede social" - com a diferença de que se centra nos objectos (textos, sons, imagens) e não nas ferramentas (blogues, fóruns, mail,...).

(Amigos do Interactic, faço-me entender? Para quê repetir a mesma entrada em sítios diferentes?...)

Moodle: bem-me-quer, mal-me-quer

Are LMSs helping to improve education or are the current offerings so inflexible that it actually hinders teaching? What are people doing with LMSs that they can't do in an in-person classroom?
Ora aqui está uma pergunta interessante que deu origem a uma discussão não menos interessante:

Do Learning Management Systems (LMSs) help or hinder? | Sloan-C International Symposium

[Dica da Cristina]

Links de 04/28/2008

Links de 04/25/2008

Links de 04/23/2008

Links de 04/22/2008

Jornalista, eu?

E quando, de súbito, numa entrevista que o Público fez a Jeff Jarvis, do blogue Buzzmachine, leio isto:

Na verdade, sinto-me muito optimista sobre o jornalismo. Acho que há grandes oportunidades de crescimento, se redefinirmos as notícias e o jornalismo em termos latos. As estruturas anteriores do jornalismo dependiam dos meios de produção – a imprensa, a torre de emissões. Isso ditava os meios de distribuição e tudo o resto, mas não era isso que definia o jornalismo. O jornalismo é pessoas à procura de coisas que precisam de saber. Acredito que há oportunidades para o jornalismo colaborativo, com mais pessoas envolvidas.

P: Está a falar dos cidadãos-jornalistas?

Sim. Aí chega-se à pergunta: o que é o jornalismo, quem é um jornalista? Acho que é um erro definir o jornalismo com base em quem o pratica. Há pessoas que podem fazer um acto de jornalismo uma única vez na vida. Por exemplo, alguém que no tsunami [no Sudeste asiático] tirou uma foto do que se estava a passar, isso foi um acto de jornalismo.
O papel do jornalista muda. Temos mais gente a fazer jornalismo, isso pode ser confuso; há um papel para os jornalistas, que é editar, gerir [“curate”], talvez até ser educadores, ajudar as pessoas a fazer jornalismo melhor. A ideia de que as instituições são donas do jornalismo, isso vai acabar. Mas não quer dizer que vá acabar o jornalismo.
pergunto-me: ao escrever num blogue, sou um jornalista, eu?

Links de 04/20/2008

Competências-padrão em TIC para professores

No passado mês de Janeiro a Unesco divulgou os primeiros guiões do seu projecto "ICT Competency Standards for Teachers". O objectivo é fornecer linhas de desenvolvimento para a melhoria na utilização das TIC por parte dos professores.
Na página de apresentação do projecto, pode ler-se:

Within a sound education setting, teachers can enable students to use technology to become better information seekers, analysers, problem solvers and communicators.
Governments, experts and practitioners in the education sector increasingly recognize that information and communication technology (ICT) can play an important role in supporting educational improvement and reform.
Já agora, os três guiões podem ser descarregados a partir daqui (em .pdf):

Links de 04/18/2008

Links de 04/17/2008

Links de 04/14/2008

Diigo: muito mais del.icio.us!

Socialbookmarking
O socialbookmarking é talvez a ferramenta que melhor encarna a Web 2.0. Quando fazemos bookmarking num determinado site ou numa simples página, etiquetando-a e acrescentando-lhe uma descrição, estamos a acrescentar valor à mesma. Se, além disso, essa informação estiver online e disponível para todos, as nossas buscas na net passarão a ter mão humana - a dos outros - e não estarão sujeitas apenas a um algoritmo de pesquisa que, por muito sofisticado que seja, é só um... algoritmo.
O serviço de socialbookmarking mais conhecido é o del.icio.us. É fácil de usar e, como tem um nome estranho, tornou-se o mais popular. Utilizo o del.icio.us há cerca de um ano e meio e, há alguns meses, coloquei na barra lateral deste blogue um likroll dos meus bookmarks (tanto termo anglo-saxónico! Mas como fugir-lhes?...). Costumo inclusivamente pensar que esse linkroll é a única coisa que vale a pena no blogue...

Nem vos Diigo nada
Até que... encontrei o Diigo. Em breves palavras, diria que o Diigo é o socialbookmarking levado aos limites. A quantidade de coisas que se pode fazer com as nossas bookmarks é imensa. Aqui fica uma breve lista das mesmas:

  • Além do simples bookmarking da página e da sua etiquetação, é possível sublinhar partes dessa página e acrescentar-lhe sticky notes que ficarão sempre visíveis quando lá voltarmos;
  • Pode-se criar grupos de trabalho, sendo que os membros desse grupo podem aceder, anotar, sublinhar e classsificar os bookmarks de todos;
  • Pode-se criar listas de páginas em sequência que posteriormente podem ser apresentadas num slideshow;
  • Tudo é bastante configurável: pode-se decidir o que partilhar e com que grupos partilhar;
  • Um conjunto de ferramentas que permite interagir com outros serviços: uma barra de ferramentas para o browser; acrescentar uma entrada no Twitter com um simples clique; envio automático para o blogue pessoal; para os mais nostálgicos também é possível adicionar automaticamente as novas entradas na nossa conta do del.icio.us!; e, finalmente, é possível colocar automaticamente no blogue pessoal a lista de bookmarks dia-a-dia (o del.icio.us também tem isto mas não funciona com o Blogger...). A entrada anterior é exemplo disso mesmo. Não tive de fazer nada, o Diigo acrescentou a este blogue os bookmarks públicos que efectuei no dia anterior.

De certo modo, podemos encarar o Diigo como uma forma de leitura colectiva - como se estivéssemos todos a ler um imenso livro e soubéssemos quais os destaques e comentários que os outros (amigos ou não) fizeram dessa leitura. Conectivismo, dizem eles... (Não resisto: ao procurar o link para "dizem eles", encontrei um comentário de um utilizador do Diigo nessa página ;-))
Para mim já chega: bye-bye del.icio.us, olá Diigo! Já agora, fica abaixo um vídeo que mostra algumas das inúmeras possibilidades deste serviço.

Links de 04/13/2008

Wikiworld

O António Granado acaba de deixar uma dica que me parece bastante interessante. É um livro (por enquanto apenas em .pdf, descarregar aqui) chamado Wikiworld, de Juha Suoranta e Tere Vadén, da Universidade de Tampere, Finlândia.
Na apresentação do livro, os autores não se limitam a falar do futuro da educação e mostram-se confiantes nos "amanhãs que cantam"...

In the digital world of learning there is a progressive transformation from the institutionalized and individualized forms of learning to open learning and collaboration. The book provides a critical view on the use of new technologies and learning practices in furthering socially just futures, while at the same time paying critical attention to the constants, or “unmoved movers” of the information society development; the West and Capitalism. The essential issue in the Wikiworld is one of freedom – levels and kinds of freedom. Our message is clear: we write for the radical openness of education for all.

No Capítulo 5, dedicado à educação, põem o dedo na ferida. Mas, quando dizem "in a few decades", não estarão a ser... conservadores?
Like noted, already Wikipedia content is replacing the need for "information-delivery" lectures. What is the best way of using time when students and teachers are gathered together in a situation when wiki-tools exist? What is the best way of using time when students and teachers are gathered together in a situation when a relatively completed Wikipedia exists? In a few decades, there will be no need to lecture in order to transfer information.

O "hard" e o "soft" no seu melhor

Há poucos dias estive a babar-me para cima de um HP TX2050 numa loja FNAC. Os Tablet PC estão a demorar muito a "pegar de estaca". Os preços elevados e, eventualmente, o pouco software dedicado não têm ajudado. Mas talvez a moda dos ecrãs sensíveis ao toque, iniciada com o iPhone, venha alterar a coisa. E quando o hardware de eleição (a preços simpáticos) se junta a software de sonho, como é o caso do Crayon Physics Deluxe...

Crayon Physics Deluxe is a 2D physics puzzle game, in which you get to experience what it would be like if your drawings would be magically transformed into real physical objects. Solve puzzles with your artistic vision and creative use of physics.
... então só se pode ficar rendido (principalmente quando se é professor de Física...).

Que saudades das minhas BASF...




[Obrigado pela dica, Rui!...]

Escola do Futuro

Ainda no portal da Microsoft de que falo na entrada anterior, encontro uma referência a uma parceria entre esta empresa e o "distrito" escolar de Filadélfia baptizada de "Escola do Futuro".
Uma escola construida de raiz num local problemático da cidade. Os primeiros alunos iniciaram os trabalhos em Setembro de 2006. Cada aluno com um portátil. Professores altamente motivados...
O melhor é ver o vídeo de apresentação, onde se diz que:

  • O computador portátil individual é a chave do projecto (2:25);
  • As escolas secundárias americanas estão obsoletas porque não conseguem ensinar aos estudantes o que eles necessitam hoje (Bill Gates) (3:20);
  • O maior problema até agora têm sido... passwords esquecidas (LOL, como eu os compreendo!) (5:30);
  • Em vez de terem aulas compartimentadas de modo tradicional, os alunos desenvolvem projectos baseados em problemas da vida real (6:00);
  • O desafio é utilizar a tecnologia e não ensinar tecnologia (6:25);
  • Se um aluno sabe que frequenta uma escola que custou 65 milhões de dólares deve pensar "Uau! Eu sou importante..." (8:40)

A roda das competências educativas

A toda poderosa Microsoft parece que nem sabe publicitar as coisas boas que tem para oferecer. (Ou seremos nós que andamos com o nariz enterrado no lixo e não nos sobra tempo para olhar o céu?...).
No seu site dedicado à educação encontram-se coisas interessante. Uma delas é a "Roda das Competências Educativas" que tenta representar visualmente os atributos, comportamentos, áreas do saber, competências e habilidades necessárias a um bom desempenho profissional.

Além do documento em .pdf (baixar aqui) com a referida roda, também é possível, a partir desta página, consultar, para cada competência, a definição, os 4 níveis de proficiência, questões associadas, actividades e recursos que permitem o desenvolvimento dessa mesma competência.

Muito sumo.

Ideias feitas

Ah, como gosto daqueles que não desistem de pensar!...

Os legisladores até legislam a legitimação de processos de exclusão escolar e social, quando sugerem que se constituam turmas com “currículos próprios” constituídas por alunos sem sucesso escolar ou com “problemas de adaptação” (sic).
Inspiradas na lógica fabril, com os seus cronogramas de produção e relacionamentos de trabalho hierárquicos, muitas escolas agem como freios ao desenvolvimento. Acolitadas por legisladores, mantêm-se cativas de abstracções como: “turma”, “carga horária”, ano”, “aluno médio”, “aluno fraco”, “aluno atrasado”... Não reconfigurando as suas práticas, de modo a dar resposta à diversidade, adoptam “planos de recuperação”, “aulas de reforço” e outros inúteis remendos ministerialmente decretados.
José Pacheco (Escola da Ponte), A página da Educação, Março de 2008

Que havemos de fazer?

Tenho a mania de avaliar a qualidade de um livro pela primeira página. Tento perceber, logo nas primeiras frases, o tom, a respiração, o fôlego, a têmpera, a mão, a voz do autor.
Foi assim que, curioso pelo sucesso simultâneo de vendas e de crítica, tomei nas mãos as 800 páginas de "As Benevolentes", de Jonathan Littell. E logo nos primeiros parágrafos leio:

Durante muito tempo, cada um de nós rasteja nesta terra como uma lagarta, na expectativa da borboleta esplêndida e diáfana que traz em si. E depois o tempo passa, a ninfose não chega, ficamos larva, constatação aflitiva, que havemos de fazer com ela?
Não é preciso ler mais. Este livro será meu.

A obsessão "gestionária" e os actores reflexivos

Dos inúmeros artigos de opinião que têm saído na imprensa sobre a luta dos professores, destaco o texto de hoje do Público da autoria de José Madureira Pinto, sociólogo da Universidade do Porto.
Carregado de lucidez e de exactidão. Recomendo em particular o último parágrafo.
[via outÒÓlhar]

Encyclopedia of Life

Foi finalmente lançado um dos projectos mais ambiciosos da era Web - a Encyclopedia of Life. Ao bom estilo cooperativo da Wikipedia, embora o conteúdo seja autenticado por cientistas, esta enciclopédia tem como (desmesurado) objectivo catalogar detalhadamente cada uma das 1,8 milhões de espécies vivas do planeta Terra. A ideia foi lançada por E.O. Wilson da Harvard University e espera-se que o trabalho esteja concluído daqui a 10 anos (muito embora novas espécies sejam regularmente descobertas...). Para se ter uma ideia da organização do portal, fica aqui um vídeo de apresentação:

Nota: talvez pelo enorme afluxo de visitantes por estes dias, o acesso à página inicial é lento...

Google Sites - finalmente!

Mais de um ano depois da aquisição do JotSpot, eis que o Google lança o Google Sites, um serviço que integra a tecnologia JotSpot de trabalho colaborativo e gestão de informação.
Com o Google Sites, é possível que qualquer grupo com um interesse em comum (pequena empresa, associação, escola, turma, grupo de projecto,etc.) disponha de um espaço integrado para elaborar documentos, páginas web e folhas de cálculo e ainda partilhar fotos, vídeos, ficheiros,...
É mais do que um wiki, é mais do que um blogue, é mais do que um fórum, é mais do que um serviço de office online, é mais do que um serviço de hosting,... São as partes finalmente formando um todo.
Veja-se o vídeo de apresentação abaixo, acabado de ser colocado no YouTube (27/Fev):

Ferramentas Web 2.0 - Quadro referência

Surdez emocional

Acabo de ver o debate Prós e Contras sobre educação na RTP1.
A maior crítica que se pode fazer à ministra é constatar que os professores já não a ouvem, já não querem sequer saber o que diz. Diga o que disser, e mesmo que tenha razão, os professores já não estão emocionalmente disponíveis para a ouvir.
Ela, que tanto fala na qualidade das lideranças…